João Affonso Moreira
É o patrono da Cadeira 53.
Nasceu João Affonso Moreira, filho de Affonso Moreira da Silva e de Quitéria Menezes Moreira, no dia 20 de outubro de 1893 em Ouro Preto, no Estado de Minas Gerais.
Com a mudança da Capital do Estado, de sua cidade natal para recém-criada Belo Horizonte, a família transfere-se para esta última, onde ele vem a realizar o curso primário. Em seguida, freqüentou o Ginásio Mineiro, para fazer o curso de Humanidades.
Matriculou-se na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte, como ouvinte no primeiro ano, em março de 1912 e, em agosto de mesmo ano, fez os exames admissionais, para torna-se aluno efetivo.
Na Faculdade, atuou como Monitor de Anatomia Patológica em 1916 e como interno de Clínica Médica, em 1917.
Após defesa da tese, recebe diploma de doutor em medicina em 1918, ano de formatura da primeira turma da Faculdade de Medicina de Belo Horizonte e do seu reconhecimento pelo Conselho Superior de Medicina do Governo Federal.
Tão logo formado, inicia a sua profissão como médico contratado para prestar serviços na Diretoria de Higiene do Estado, com a função de médico-interno do Hospital de Isolamento, em Belo Horizonte, durante a epidemia de “Gripe espanhola” que assolava o mundo e atinge o nosso país em 1918.
Em 1919, é nomeado sub-inspetor sanitário do Serviço de Profilaxia Rural, com exercícios nos Postos de Higiene de Pirapora, Mar de Espanha, Leopoldina e seu distrito de Tebas.
Reside em Mar de Espanha por um ano e ali conquista uma conceituada clínica particular.
Promovido a Inspetor de Profilaxia, em 1921, desiste da função, pede exoneração e retorna a Belo Horizonte, atendendo a convite de amigo.
Entra no exercício do cargo de Delegado de Higiene, no qual permanece até 1927, e em seguida exerce o cargo de médico auxiliar na Diretoria de Saúde Pública do Estado.
Promovido a Inspetor de Profilaxia, em 1921, desiste da função, pede exoneração e retorna a Belo Horizonte, atendendo a convite de amigo.
Entra no exercício do cargo de Delegado de Higiene, no qual permanece até 1927, e em seguida exerce o cargo de médico auxiliar na Diretoria de Saúde Pública do Estado.
Em junho de 1934, é nomeado para o cargo de médico epidemiologista do Centro de Saúde da Capital e, em 1944, exerce em substituição cargo de Inspetor Técnico. No ano seguinte passa ser Chefe de Serviço. Em 1946, é classificado como médico-sanitarista para fiscalizar Unidades Sanitárias e, ainda naquele ano, é nomeado Diretor Geral do Departamento Estadual de Saúde, em Comissão, para em seguida ser Diretor de Divisão na Fiscalização do Exercício Profissional.
É designado, em 1952, Assessor Técnico de Medicina Social e aposenta-se em 1953.
Atuou na Faculdade de Medicina como Assistente da 2ª cadeira de Clínica Médica em 1921/1922, como Assistente de Clínica Pediátrica Médica no período 1924/1928 e como Preparador de Patologia Geral, em 1925.
Prestou concurso para Docente-Livre da Cadeira de Patologia Médica, sendo empossado em setembro 1926. No final de 1926 submete-se às provas para Cátedra de Patologia Médica e toma posse em 31 de dezembro. Em 1928, assume a regência da 1ª Cadeira de Clínica Médica, abdicando da anterior, em 1936 substitui o Professor da Clínica de Doenças Tropicais e em 1940, rege a Cadeira de Terapêutica Clínica até 1942. Em 1943 assume a Cadeira de Clínica Propedêutica Médica e, em 1946, pede substituição para exercer a função de Diretor do Departamento Estadual de Saúde.
Exerceu a pediatria no Hospital São Vicente. Foi um dos fundadores da Sociedade Mineira de Pediatria em 1947.
Com a federalização da Faculdade de Medicina em 1950, volta ao cargo de Professor Catedrático de Clínica Propedêutica Médica. Ocupa ainda a 1ª Cadeira de Clínica Médica no final do ano de 1950 e aposenta-se em 1953.
Estas funções que exerceu no magistério servem para demonstrar a capacidade do Professor Joaõ Affonso Moreira, um verdadeiro “Coringa” na Faculdade de Medicina.
Dedicou-se também à Clínica particular, exercendo-a com esmero e espírito caritativo e granjeando popularidade.
Entre os seus trabalhos, distingue-se a tese de doutoramento: “Contribuição ao estudo das síndromes de hipocrínia genital”, para o concurso de Patologia Geral, que por fim não foi realizado, preparou o texto”Contribuição ao estudo patogênico do endocrinismo genital”, “Anemias”, e “Meningites do Bacilo de Pfiffer” são outros destaques.
Publicou vários artigos e trabalhos sobre “tifo exantemático” nos Arquivos de Saúde Pública e nas revistas “Brasil Médico” e “Memórias do Instituto Oswaldo Cruz”.
Faleceu em 16 de fevereiro de 1964 aos 70 anos.
Texto: Christobaldo Motta de Almeida