Flávio Eiras Marques Lisboa nasceu no Rio de Janeiro em 22 de março de 1906, tendo como pais Henrique Marques Lisboa e Alice Eiras Marques Lisboa.
A família transferiu-se para Belo Horizonte, quando ele era ainda criança e nesta cidade ele fez os cursos primário e secundário.
Matriculou-se na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte aos 16 anos de idade, vindo a diplomar-se médico aos 21 anos em 1927.
O Diretor da Faculdade, Professor Hugo Werneck, seu tio, o encaminhou para o Rio de Janeiro, com a finalidade de realizar um curso de especialização em Radiologia como Professor Duque Estrada.
Retornando a Belo Horizonte ficou encarregado dos Serviços de Radiologia da santa Casa de Misericórdia, sem, contudo, deixar de ser Assistente de Cirurgia do Professor Borges da Costa, no Instituto do Radium.
Associa-se ao Dr. José Ferolla, recém-vindo da Europa, no final do ano de 1931 e eles instalam um equipamento de Raio X para Radiologia Clínica, sendo os dois primeiros médicos radiologistas de Belo Horizonte a radiografar e emitir diagnóstico.
Exerceu as funções de Monitor da Cadeira de Parasitologia da Faculdade de Medicina e de Assistente de Cirurgia do Instituto do Radium.
Foi médico do Instituto Ezequiel Dias, radiologia da Santa Casa de Misericórdia, da Casa de Saúde de São Lucas e dos Sanatórios, Samuel Libânio e Hugo Werneck.
Juntamente com a atividade no seu consultório particular, exercia funções nos referidos hospitais, o que levou a deixar estas e dedicar-se exclusivamente a sua clientela uma das maiores da Capital mineira, e assim trabalhou até o final da sua experiência, no dia 22 de dezembro de 1949.
Era sua característica o tratamento cortês que dava aos seus clientes aliado a uma intensa dedicação.
Morreu jovem, estudioso da sua especialidade, tendo lhe faltado tempo para produzir trabalhos científicos.
Participou da fundação da Sociedade Radiológica de Minas Gerais, em 1946, incorporada, dois anos após, ao Departamento de Radiologia da Associação Médica de Minas Gerais, fundado em 1948.

Texto: Christobaldo Motta de Almeida