Braz Pellegrino
É o patrono da Cadeira 37.
Nasceu Braz Pellegrino no dia 22 de agosto de 1896, em São Pedro do Pequerí, que naquela época recebeu um grupo de imigrantes italianos para ali se estabelecer. Era Filho de José Pellegrino e Irene Pellegrino.
Realizou os dois primeiros anos do curso primário na sua terra natal. Aos oitos anos de idade viajou com os pais para a Itália. Inicialmente residiram em San Constantino de Rivello, na Província de Potenza, onde concluiu o curso primário.
Em Nápoles, para onde se mudaram, ingressou na Faculdade de Medicina e Cirurgia, da Real Universidade daquela cidade, diplomando-se médico em 1920.
Fez o curso de aperfeiçoamento em Higiene na mesma Universidade e obteve o título de Doutor em Medicina, depois da defesa de tese, em 1921.
Retornou para o Brasil e revalidou o seu diploma em 1923, na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte, onde se tornou assistente da 1ª Cadeira de Clínica Médica e Livre-docente, em 1927, após defesa da tese com o título: “Estudo etio-patogênico eclínico”, da asma.
Foi admitido, em fevereiro de 1925, no serviço Médico da Força Pública de Minas Gerais, mediante contrato e, após promoções, foi nomeado Diretor do Hospital Militar, em 1948. Em seguida, chefiou o Serviço de Saúde da Corporação.
Na Faculdade de Medicina, assumiu interinamente a cadeira de Histologia em 1927, depois as de Neurologia e Doenças Infecciosas e Tropicais e, finalmente, a de Crenologia, em 1934.
Atuou em várias Bancas Examinadoras na Faculdade de Medicina, nas cadeiras de Fisiologia, Clínica Médica e Anatomia Humana.
Em 1939, foi um dos fundadores da Faculdade de Filosofia da Universidade de Minas Gerais, na qual lecionou Língua e Literatura Italiana. Assumiu a Cátedra de Biologia Geral e a Direção de 1946 a 1948. Também foi um dos fundadores da Faculdade de Ciências Médicas de Mias Gerais, na qual ocupou a Cátedra de Clínica Médica.
Estagiou na Europa, nas Universidades de Roma, Nápoles, Pádua e de Viena.
Publicou vários trabalhos científicos, em revistas médicas de Minas Gerais e da Itália.
Recebeu várias distinções e homenagens, entre os quais cite-se ter sido Paraninfo dos formandos de 1945 da Faculdade de Filosofia.
Exerceu também a Clínica no seu consultório.
Entre as atividades não médicas, foi presidente, em 1925, da Sociedade Esportiva Palestra Itália, hoje Cruzeiro Esporte Clube, e revogou a cláusula que impunha que somente italianos e seus descendentes poderiam ser sócios.
Foi membro da Sociedade Brasileira de Biologia da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência e da Associação Italiana de Hidroclimatologia, Tassologia e Terapia Física. Participou de movimentos culturais e científicos.
Segundo o Professor João Galizzi, “nele, a figura do médico jamais se deixou ofuscar. Esteve presente em todos os seus atos, em todos os momentos da sua vida.
Faleceu em Belo Horizonte, no dia 15 de dezembro de 1969.
Texto: Christobaldo Motta de Almeida