Abdon Hermeto de Pádua Costa
É o patrono da Cadeira 19.
Abdon Hermeto de Pádua Costa nasceu em Lavras, Minas Gerais, no ano de 1905, filho de Manoel Hermeto Côrrea
Da Costa e de Maria Augusta de Pádua.
Transferiu-se para Belo Horizonte e, nesta cidade, estudou no grupo escolar Barão do Rio Branco e no Ginásio Mineiro.
Entrou para a Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais, em Belo Horizonte, e diplomou-se em 1931.
Dedicou-se à Patologia Clínica trabalhando nesta área ao lado de pesquisadores eminentes, como o Professor Amilcar Vianna Martins e J. Aroeira Neves, com os quais, ao lado do colega de turma Lívio Renault e, mais tarde, de Thales Gonzaga Barros, montou um laboratório de Análises Clínicas, no final da década de 30.
Ingressou no Instituto Ezequiel Dias como acadêmico de medicina, chegando a Diretor.
Ocupou a cadeira de Microbiologia e Parasitologia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, desde a fundação desta até 1965, período em que foi homenageado por várias turmas de formandos.
Era um apaixonado pela microbiologia e, particularmente, pela micologia. Desenvolveu inúmeras pesquisas nestas áreas e, em 1944, fundou, juntamente com Milton Dias (que era seu cunhado), Professor Noronha Peres, Evaldo Tavares (advogado) e, mais tarde, com o Professor Anibal Pereira, o laboratório, especializado em vacinas para uso em animais, uniu-se a outro, de origem espanhola, e hoje é a mais moderna indústria veterinária da América Latina, com sede em Juatuba, na Grande Belo Horizonte.
Foi vice-presidente da Cauê, indústria de cimento, de propriedade do seu sogro Juventino Dias.
Estava sempre voltado para a pesquisa, como homem de laboratório que era, ainda que empenhado em atividades diversas.
Construiu uma carreira vitoriosa envolvida em modéstia, prudência e ética, vindo a falecer, aos 63 anos, em 1968.
Texto: Christobaldo Motta de Almeida