Na noite do dia 2 de setembro de 2018 a vida cultural e científica brasileira passou por uma da maiores tragédias de sua história: o Museu Nacional do Rio de Janeiro foi consumido pelo fogo que destruiu o mais rico acervo do Brasil, construído durante 200 anos.
A Academia Mineira de Medicina, consternada com o infausto acontecimento, por iniciativa de sua Diretoria, enviou ao Presidente do Museu Nacional do Rio de Janeiro o seguinte ofício:
Belo Horizonte, 11 de setembro de 2018
Ilmo. Sr. Alexander Kellner
Diretor do Museu Nacional no Rio de Janeiro
Senhor Diretor,
A Academia Mineira de Medicina tem sólido compromisso com a ciência, a arte, a cultura, a história e a memória do povo brasileiro e mundial. Em nossos trabalhos cotidianos dedicamos parte de nosso tempo para discutir, divulgar e enriquecer a tradição dos que nos antecederam. Dentro de nossas limitações, que são muitas, temos alcançado esses objetivos.
O Museu Nacional sempre foi uma referência para nós, para o Brasil e para o Mundo pela riqueza de seu acervo e capacidade de ensinamento. Ele detinha o conhecimento de um passado remoto impossível de ser substituído. Gerações futuras ficarão privadas deste saber. Tragédias como esta não podem continuar a repetir como tem sido a regra. Isso confirma o quanto não valorizamos nossa história.
Ambicionamos e ansiamos pela restauração do máximo plausível dessa riqueza consistentemente construída no período de 200 anos. Nossa mensagem é de solidariedade com o Museu Nacional. Queremos também protestar contra a indiferença com a Cultura Brasileira por parte de quem deve por ela zelar.
Com o devido respeito enviamos o nosso abraço de solidariedade,
Emerson Fidelis Campos José Raimundo da Silva Lippi
Secretário Geral Presidente