O Acadêmico José Carlos Serufo proferiu palestra na Associação Médica de Minas Gerais, no dia 3 de abril de 2018, sobre o tema “História da Febre Amarela no Brasil”. Bastante concorrida, a palestra despertou vivo interesse por parte da plateia. Após a apresentação houve debate com o público que esclareceu diversas dúvidas dos presentes.
Combatida por Oswaldo Cruz no início do século 20 e erradicada dos grandes centros urbanos desde 1942, a enfermidade voltou a assustar os brasileiros em 2017, com a proliferação de casos de febre amarela silvestre. E este ano começou com a atenção da saúde pública voltada para a doença que já matou 86 pessoas em Minas Gerais, até o mês de fevereiro. Para falar sobre a história da febre amarela no Brasil, a Academia Mineira de Medicina (AMM), com o apoio da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), convida o especialista em virologia, doutor e medicina tropical e membro da AMM, José Carlos Serufo. A palestra, a aberta à comunidade, será realizada às 20h do dia três de abril, na sede AMMG.
A maior frequência da febre amarela ocorre entre os meses de dezembro e maio, período com maior índice de chuvas, quando aumenta a proliferação do vetor, o que coincide ainda com maior atividade agrícola. A infecção acontece quando uma pessoa não vacinada contra a doença, que nunca tenha contraído a febre amarela, é picada por um mosquito infectado.
Algumas contraem esse vírus não chegam a apresentar sintomas ou os mesmos são leves. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela.
A medida mais importante para prevenção e controle da febre amarela é a vacinação. Por este motivo, o Ministério da Saúde (MS) alerta que, toda a população que reside ou que se desloque para regiões silvestres, rurais ou de mata de áreas com recomendação de vacina (ACRV), deve se imunizar na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua casa.