Por: Dr. Guilherme Santiago Mendes, titular da cadeira 11 da AMM
Com a sua teoria da relatividade, Einstein provou que o universo é elástico e o sol, por ter uma enorme massa, deforma o espaço-tempo e desvia a luz que vem de outra estrela em velocidade constante. Ou seja, a luz é percebida em pontos distintos conforme a posição do observador. Embora ela seja uma só, o ponto de visão da luz é relativo.
Metaforicamente, a pandemia de coronavírus, que é um enorme problema e atrai todas as órbitas, tem deixado clara a relatividade dos pontos de vista entre as pessoas, os cientistas e os governos. E tem mostrado que a vontade de impor a própria visão é um ato muito mais ideológico do que científico.
Louis Pasteur, precursor da microbiologia moderna, a princípio exaltou o poder do micróbio, mas com a evolução do conhecimento e por influência de um outro químico contemporâneo francês menos famoso, Antoine Béchamp, reconheceu que a intensidade do dano infeccioso não era determinada apenas pelo poder do micróbio invasor, mas também pela capacidade da vítima de se defender e pelas circunstâncias do ambiente onde ocorre a batalha, o território microbiológico.
E a batalha contra esse vírus é ao estilo antigo, olho no olho, sem armas adicionais. Vence quem for mais forte e o admirável sistema imune do ser humano, moldado pela genética, pelo autocuidado e pelas influências psicossociais e espirituais, quase sempre sai vencedor.
Compaixão fortalece a imunidade. Compaixão não é sentir dó ou piedade, é satisfazer-se em aliviar o sofrimento alheio. Praticar compaixão à distância, confinado, é não propagar aflição e medo.
Como diz o porta-voz dessa Academia, Dr. José Carlos Serufo, divulguemos o “conhecimento saudável”, melhor antídoto contra a informação tóxica.