Membros Honorários
Henri Sarles (França)
Henri Sarles est né en 1922 à Ermont (Val-d’Oise). Il a mené ses études secondaires au lycée Périer à Marseille et ses études supérieures aux facultés des sciences et de médecine de Marseille.
Externe, puis interne (1946) des hôpitaux de Marseille.
Chef de clinique, maître de conférence.
Docteur en médecine de la faculté de médecine de Marseille (1950).
Médecin des hôpitaux (1955).
Doctorat d’État ès science de la faculté des sciences de Marseille. Thèse sur les phosphatases alcalines, dirigée par le professeur Desnuelle (1954).
Intéressé par la recherche en biochimie, Henri Sarles travaille dans le laboratoire de Jean Roche, professeur au Collège de France, à Paris (1948-1957), menant de front recherche et activités cliniques.
Chef du service de gastroentérologie à l’hôpital Sainte-Marguerite, à Marseille (1959-1992).
Directeur de l’unité de recherche Inserm 31 “Pathologie digestive” dans le même hôpital (1962-1984). André Gérolami lui succèdera en 1989.
Henri Sarles est décédé le 16 février 2017 à Marseille.
Fonte: site do INSERM – Historia do INSERM
https://histoire.inserm.fr/les-femmes-et-les-hommes/henri-sarles/(page)/2
Homero Gusmão de Almeida
Submeteu-se ao Vestibular de Medicina, em 1966, obteve a vigésima quarta colocação na Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e a septuagésima classificação na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, diplomando-se em Medicina, na UFMG, em 8 de dezembro de 1970, em décimo terceiro lugar, entre cento e sessenta e seis alunos. No ano de 1972, prestou concurso para o XIV Curso de Especialização em Oftalmologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, obtendo a terceira colocação entre mais de quarenta candidatos inscritos. Concluiu o Curso de Especialização em 1 de março de 1974, credenciando-se ao título de Especialista perante as Comissões Examinadoras do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Em 23 de julho de 1977, defendeu Tese para o grau de Doutor em Medicina e obteve, por unanimidade, a nota 10 (dez), tendo sido recomendada a publicação de seu trabalho na íntegra, pela Comissão Examinadora. Seguiu para Londres, em agosto de 1977, como bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, para Curso de Pós-Doutoramento. No Departamento de Oftalmologia Experimental do Institute of Ophthalmology , trabalhou com o Professor E.S. Perkins por seis meses, investigando a relação entre refração, diâmetros oculares e glaucomas. No Moorfields Eye Hospital , trabalhou na Unidade de Glaucoma por 18 meses, e freqüentou diversos outros Departamentos. Em setembro de 1979, realizou estágio em Moscou, por duas semanas, no Laboratório de Problemas Experimentais e Clínicos da Cirurgia Ocular, sob a orientação do Professor S. Fyodorov, estudando aspectos técnico-cirúrgicos das lentes intra-oculares e da ceratotomia refrativa no tratamento da miopia. De março de 1979 até janeiro de 1992 foi o chefe do Departamento de Glaucoma do Instituto Hilton Rocha , em Belo Horizonte, Minas Gerais. Desde março em 1983 é o Professor Adjunto, por concurso, da Clínica Oftalmológica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais , onde foi Chefe do Setor de Doenças Vasculares (Depto. de Retina) até 1990. Desde 1989 é Coordenador do Curso de Oftalmologia (Graduação). Foi fundador da Sociedade Brasileira de Glaucoma, juntamente com o Dr. José Carlos Reys em 1983, tendo sido seu Presidente no biênio 1983-85 e organizador do I Simpósio Internacional da SBG. Foi relator do Tema Oficial do XXV Congresso Brasileiro de Oftalmologia e XVII Congresso Pan-Americano de Oftalmologia , realizados de 03 a 06 de setembro de 1989, tendo sido responsável pela publicação do livro Glaucomas Secundários . Desde janeiro de 1992 trabalha no Instituto de Olhos de Belo Horizonte (uma instituição que idealizou e construiu juntamente com outros sócios, Drs. Cleber Godinho e Elisabeto Ribeiro Gonçalves) onde é o Diretor Geral. Desde esta mesma época é o Chefe dos Departamentos de Glaucoma e de Catarata. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Catarata e Implantes Intra-oculares, eleito para o biênio 2004-2006 Foi Vice-Presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia em dois biênios: 1991-1993 e 2007-2009.
Fonte: Escavador
Ivo Campos Pitanguy
Ivo Hélcio Jardim de Campos Pitanguy nasceu em Belo Horizonte, MG, no dia 5 de julho de 1926. Filho de Maria Stäel Jardim de Campos Pitanguy e de Antonio de Campos Pitanguy, médico cirurgião. Casou-se em 1955 com Marilu Nascimento, tendo o casal quatro filhos: Ivo, Gisela, Helcius e Bernardo. Faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de agosto de 2016.
Iniciou sua formação profissional ingressando na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais e formando-se pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1946. Este aprendizado prolongou-se por mais de dez anos, através de estágios e cursos realizados nos EUA e na Europa, já aliando a prática médica ao exercício do ensino.
Em 1945 criou, na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, um Curso de Psicologia Médica, início de uma carreira internacional que o consagraria como um dos maiores cirurgiões plásticos do mundo, mestre de várias gerações. No mesmo hospital criou o Serviço de Queimados do Hospital do Pronto-Socorro, o primeiro serviço de Cirurgia de Mão e de Cirurgia Plástica Reparadora.
Doutor honoris causa em diversas universidades brasileiras e estrangeiras, pertenceu a inumeráveis instituições científicas em todo o mundo, sendo condecorado por numerosos países.
Fonte: Site da ABL.
Ivolino Vasconcelos
Médico brasileiro e grande historiador da medicina. Ivolino de Vasconcelos se destacou como um dos maiores incentivadores ao estudo da história da medicina em nosso país, tendo fundado, em 1945, o Instituto Brasileiro de História da Medicina e a Federação Nacional de História da Medicina e Ciências Afins. Vasconcelos considerava o estudo da história da medicina como um instrumento vital para a formação ética e humanista do profissional da área médica através da celebração de seus grandes nomes e realizações. Lançou, em 1949, a Revista Brasileira de História da Medicina, publicação que visava estimular a produtividade e a realização de eventos científico-acadêmicos em história da medicina, além de registrar as atividades da Federação, bem como sua produção científica. Foi docente livre de Clínica Médica da Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil (RJ) e, mais tarde, catedrático de História da Medicina na mesma instituição. Pertenceu aos Institutos de História da Medicina de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Paraná, Pará, Maranhão e Rio Grande do Norte. O professor Ivolino de Vasconcelos também foi membro das Sociedades de História da Medicina da Argentina, Peru, México, Roma e Alemanha. Foi autor de mais de 200 artigos sobre medicina clínica, história da medicina e medicina social, em periódicos nacionais e estrangeiros. Em 1964, lançou uma coletânea de seus artigos publicados na Revista Brasileira de História da Medicina (1949-1964), sob o título Asclépio Historiador (editora Aurora, Rio de Janeiro). Escreveu a obra biográfica Francisco de Castro (1951), premiada pela Academia Brasileira de Letras. Foi o responsável pela realização dos três primeiros congressos brasileiros de história da medicina (1951, 1953 e 1958).
Tuoto, E. A. “Ivolino de Vasconcelos (Biografia).” In: Biografias Médicas by Dr Elvio A Tuoto (Internet). Brasil, 2006. Consulta em 01 de junho de 2016. Disponível em: BIOGRAFIAS MÉDICAS by Dr Elvio A Tuoto
[Autor deste artigo DR. ELVIO ARMANDO TUOTO]
http://acamerj.org/index.php?caminho=academico.php&id=385
João Amílcar Salgado
João Amílcar Salgado (Nepomuceno, 21 de março de 1937) é um médico, escritor, filósofo, historiador da medicina brasileira e genealogista brasileiro.
Biografia
Nascido em Nepomuceno, de inteligência brilhante e audácia destemperada, após fazer os estudos básicos, formou-se em medicina, na hoje denominada Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, onde sempre exerceu o magistério, chegando a ser o titular da cadeira de Clínica Médica.
Preocupado em preservar a história da medicina em Minas e no Brasil, idealizou e criou o Centro de Memória da Medicina de Minas Gerais, estruturando-o para que não fosse um museu com coisas velhas, mas local dinâmico, que produzisse conhecimento, objetivo que sem duvida, foi cumprido. O Centro de Memória foi inaugurado por Pedro Nava, grande memorialista do idioma nacional, quando completava então 25 anos de sua formatura na Faculdade de Medicina, na mesma turma de Juscelino Kubitschek. Considerado como o metro quadrado mais valioso da Faculdade de Medicina da UFMG, o Centro de Memória (CEMEMOR) nada mais é do que uma caixa de ressonância onde sao divulgados os fatos que a historia oficial encobre ou enterra nas tumbas do esquecimento.
João Amílcar é considerado, ao lado de Carlos da Silva Lacaz e de Licurgo de Castro Santos Filho, um dos maiores especialistas em história médica brasileira alem de, ser um dos maiores prosadores e narrador de causos ainda vivo. Mais do que um divulgador do conhecimento ele é um notável iconoclasta do senso comum que derruba mitos e expõe, sob a luz indecente da verdade, a realidade nua dos fatos que o tempo teima por querer encobrir. João Amilcar Salgado acanha os tradicionalistas, enraivece os puristas, cutuca os fundamentalistas, escandaliza os moralistas e deprime os ignorantes.
Fonte: Wikipedia
José Geraldo Dangelo
FORMAÇÃO
Curso Fundamental no Grupo Escolar João dos Santos de São João del-Rei – Curso Ginasial e Científico no Colégio Santo Antônio de São João del-Rei – Médico, formado na Faculdade de Medicina da UFMG, Prof. Titular de Morfologia da Faculdade de Medicina da UFMG, dedicação exclusiva, aposentado em 1985, produtor cultural, dramaturgo, ator e diretor de Teatro. Entre 1956 e 1985 foi prof. de Morfologia na Faculdade de Medicina da UFMG, em dedicação exclusiva (Ensino e Pesquisa). Livre Docência em 1957; Doutoramento em 1958; durante setembro de 1962 e dezembro de 1963, fez especialização em Microscopia Eletrônica na Washington University, St Louis, Mo. USA. Durante a vida acadêmica publicou uma série de trabalhos de pesquisas em revistas especializadas em medicina, inclusive na Ultrastructure Medical Review. Com Carlo Américo Fattini publicou, pela Editora Atheneu, três livros de Anatomia, o mais completo deles, Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar, adotado
em Faculdades de Medicina de todo o país está em sua terceira edição.
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
Primeiro presidente da CONFENATA (Confederação Nacional do Teatro Amador), criada por iniciativa do Serviço Nacional de Teatro do Ministério da Cultura; Membro do Conselho Estadual de Cultura de 1978 a 1982; Superintendente da Fundação Clovis Salgado em 1983, quando criou o Teatro Ceschiatti no Palácio das Artes; Secretário Adjunto de Cultura em 84 e 85; Secretário de Estado da Cultura em 85 e 86; Presidente da Belotur de 1989 a 1992; Diretor Presidente do BDMG Cultural de 2003 a 2011; membro do Conselho Estadual de Política Públicas de 2012 a 2014 representando setor de Artes Cênicas de Minas. Atualmente, residindo em São João del-Rei.
Jota Dangelo foi um batalhador pela fundação do Teatro Universitário desde 1950, junto com Carlos Kroeber, João Marschner, Italo Mudado, e outros, o que se conseguiu em 1956, pela iniciativa da UFMG. Jota Dangelo fez parte da primeira diretoria do recém fundado TU. Em 1959 criou, com amigos, o Teatro Experimental de longa trajetória nas artes cênicas de Belo Horizonte. Em 1974 foi o criador de “O Grupo”, ex-Teatro Experimental. E em 1990, com sua mulher, a atriz e também diretora teatral , Mamélia Dornelles, fundaram a Casa de Cultura Oswaldo França Junior, com sede em Santa Ifigênia e depois em Santo Antônio, que atuou na área cultural, especialmente teatral, em Belo Horizonte e interior de Minas até o ano 2000. Quando foi presidente da Confenata fundou a FETEMIG (Federação de Teatro de Minas Gerais).
Em 1954, ainda como estudante de Medicina, e batalhando pela criação do Teatro Universitário, Jota Dangelo criou o Show Medicina, que dirigiu ao longo de 12 anos. A partir de 1955, Angelo Machado foi seu parceiro nos textos que escreveram para os Shows Medicina, apresentados anualmente e existente até hoje, organizado e produzido pelos alunos da Faculdade de Medicina da UFMG. Jota Dangelo dirigiu ou atuou como ator em 72 peças teatrais. Entre as que escreveu estão “Oh!Oh!Oh! Minas Gerais” (com Jonas Bloch), “Pelos Caminhos de Minas”, “Noel, o Feitiço da Vila”, “Ri melhor quem ri primeiro”, “O Aleijadinho de Vila Rica”, “Os Riscos da Fala”(com Paulinho Assunção e Ronald Claver), “Essas mulheres e seus homens maravilhosos”, O Homem e seu grito”, “Pátria Minas”, A Conjuração”, “À benção, Vinicius!” e “A paixão segundo Shakespeare”. Destas peças, todas encenadas, algumas delas no interior de Minas, além de Belo Horizonte, e até no Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória, Gramado, Ponta Grossa e Brasília, apenas “Oh!Oh!Oh! Minas Gerais” foi publicada pela Editora Itatiaia em 1968.
Numa outra atividade, durante 30 anos, 1957-1986, Jota Dangelo foi o presidente e o carnavalesco da Escola de Samba “Qualquer Nome Serve” de São João del-Rei, responsável pó uma radical transformação do modelo dos desfiles das agremiações carnavalescas naquela cidade que, nos anos 60 e 70 foi considerada a cidade detentora do melhor carnaval de rua do interior do país. De 1990 a 2000, a E.S. Qualquer Nome Serve fundiu-se com a E.S. Mocidade Independente do Bonfim, dando origem ao “Grêmio Recreativo Escola de Samba União”, da qual Jota Dangelo foi o carnavalesco até o ano 2000.
Dentre as condecorações recebidas estão a Medalha Frei Estevão, doada ao primeiro aluno da turma de formandos do Colégio Santo Antônio nos cursos ginasial e científico;
Medalha Santos Dumont, Medalha do Mérito Legislativo Estadual de Minas Gerais, Medalha Tiradentes e Medalha da Inconfidência.
RELAÇÃO DOS LIVROS PUBLICADOS
“Anatomia Humana, sistêmica e segmentar” (com Carlo Américo Fatini) – A primeira edição foi publicada em 1983 pela Editora Atheneu – Rio. O livro, adotado na maioria das Faculdades de Medicina do país, está em sua 4ª edição.
“Anatomia Humana Básica” (com Carlo Américo Fatini) 1984 – Editora Atheneu – Rio de Janeiro
“Anatomia dos Sistemas Orgânicos” (com Carlo Américo Fatini) -1985 – Editora Atheneu – Rio de Janeiro
“O humor do Show Medicina” (com Angelo Machado) – 1991 – Editora Atheneu Cultura – Rio de Janeiro O livro registra uma seleção de textos de jota Dangelo e Angelo Machado escrios PA os Shows Medicina que os dois encenaram, anualmente, durante 12 anos.
“Oh!Oh!Oh! Minas Gerais” (com Jonas Bloch) – 1968 – Livraria Itatiaia – Belo Horizonte
“Belém do Pará” – 1985 – Editora Metavídeo Produção e Comunicação Ltda. – Rio de Janeiro – livro encomendado pela Vale do Rio Doce
“O sol nascente na Amazonia” – 1986 – Editora Metavídeo Produção e Comunicação Ltda. – de Janeiro – livro encomendado pela Vale do Rio Doce
“Doce Gel” – 1987 – Editora Metavídeo Produção e Comunicação Ltda. Rio de Janeiro Livro encomendado pela Vale do Rio Doce
“São João del-Rei” – 1989 – Editora Spalla – Rio de Janeiro
“Subsídios para a História do Carnaval de São João del-Rei – 1950-2000” – 2003 – Editora Atheneu Cultural – Rio de Janeiro
“Os anos heróicos do Teatro em Minas (1950-1990)” – 2010 – Editora Atheneu Cultura – Rio de Janeiro
“Pelas Esquinas” – 2015 – Editora Atheneu Cultura – Rio de Janeiro – Este livro publica uma seleção de crônicas escritas por Jota Dangelo no Jornal Gazeta de São João del-Rei, no qual ele publica uma crônica semanal desde 1998 até os dias de hoje.
José Salvador Silva
13 lições que o Hospital Mater Dei, nossos pacientes e nossos funcionários me ensinaram
Confira o texto escrito por José Salvador Silva, fundador do Hospital e presidente do Conselho de Administração da Rede Mater Dei de Saúde. O texto foi veiculado na Revista Matéria Prima, de Janeiro de 2018 (Número 97 | Ano IX).
“Quero confessar a minha grande emoção, em 17 de outubro do ano passado, ao ser agraciado com a comenda da Ordem de Mérito Empresarial Juscelino Kubistchek, a maior condecoração concedida pela Associação Comercial de Minas. Em minha fala de agradecimento, entre outros temas, enumerei os principais ensinamentos que a vida me proporcionou ao longo dos quase 40 anos como fundador do Hospital Mater Dei.
São os seguintes:
1º – Produtividade, inovação e superação são estímulos para o sucesso.
2º – Histórias de sucesso inspiram e estimulam. Histórias de fracasso ensinam.
3º – Nenhuma empresa deve ser somente um local de trabalho insensível, frio, mas uma extensão social, cultural e familiar. Deve ser um veículo para estimular seus participantes a evoluírem, crescerem e se realizarem como seres humanos. Uma empresa não é somente o prédio que abriga sua sede, sua logomarca, seu patrimônio tangível, sua tradição ou ações na Bolsa. Empresa modelo é também e, principalmente, um conjunto de pessoas, desejos, ideais, sonhos e metas. Crendo e praticando isso, criaremos um ambiente saudável, agradável, alegre estimulante e sustentável.
4º – A época mais perigosa e temerária de uma empresa é quando estamos acomodados e impassíveis, em consequência ou diante de viver uma boa situação financeira.
5º – A empresa que vai bem e tem bons resultados, sendo duradoura, é aquela que suspeita que poderia ir mal. É a que percebe que corre riscos diante da acomodação e busca melhorias contínuas para evitar a decadência e o fracasso.
6º – Charles Darwin descobriu, comprovou e sentenciou: “não é o mais forte da espécie que sobrevive, nem o mais inteligente, mas, sobretudo, aquele mais flexível que responde melhor e se adapta melhor às mudanças. Repito: o mais flexível é o que sobrevive. Este conceito é atual, verdadeiro, válido também para as empresas.
7º – Se os líderes das organizações errarem ou fracassarem ao recrutar novos e bons profissionais, nenhuma estratégia, nem com a ajuda dos melhores consultores, poderá salvar a empresa da mediocridade e derrocada final. Ao contratar alguém, busque competência, integridade, inteligência, lealdade, energia, atitude, ética e paixão. Contrate valores, depois treine habilidades.
8º – Acrescente a tua sabedoria ao teu projeto de vida, que inclui uma semente de idealismo, sonho e um pouco de “loucura”. É necessário estar atento para compartilhar, nas empresas, nossos sonhos, metas, vitórias, mas também nossas falhas e fracassos. Segundo Luciano de Crescenso, “somos todos anjos com uma só asa e somente poderemos voar quando abraçados uns aos outros”. É nas crises, ameaças e dificuldades que estas máximas se tornam mais necessárias e carentes.
9º – A gestão profissional não é problema impossível de se solucionar. Podemos buscar e encontraremos certamente competência no mercado e nos head hunters. Entretanto, embora demorado, difícil e trabalhoso, é muito importante descobrir, formar e desenvolver novos talentos, lideranças e competências dentro das próprias empresas e famílias.
10º – Todos os pais enviam seus filhos para as escolas. Todos. Mas poucos ensinam seus filhos a trabalhar. Minha esposa Norma e eu pertencemos a essa minoria.
11º – No Mater Dei, a sucessão da primeira para a segunda geração foi feita de maneira previsível, preventiva, programada, harmônica e ética, a partir de aprendizado e longa convivência entre mim – que sou o fundador- e os nossos três filhos que fizeram a opção livre e espontânea de atuar no Mater Dei: Henrique, Maria Norma e Márcia e que assumiram posteriormente a direção no dia 30 de abril de 2012. Parabenizo a todos eles pela competência, atitude, integridade, ética, dedicação, trabalho e sucesso comprovados neste período. Ouso afirmar que, dificilmente outros desenvolveriam melhor trabalho. Neste momento é necessário relembrar uma dramática estatística: somente 10% de todas as empresas, principalmente as familiares, sobrevivem à terceira geração; 90% destas entram em declínio, fracassam, entram em falência, desaparecem. Esta estatística, repito, é dramática, verdadeira, comovente e dolorosa.
12º – Nosso processo sucessório para a terceira geração foi realizada com o auxílio da Fundação Dom Cabral e da professora Elismar Álvares, indicada na época pelo prof. Emerson de Almeida, então presidente da FDC. Feito no momento certo e com o devido registro em cartório em 1998 é exemplo de planejamento adequado, com êxito e serve como atestado de que o desejável e o necessário é também possível de ser realizado e com novas estratégias. Nosso neto José Henrique, filho do Henrique e Nora, que atua com muito sucesso e competência como diretor operacional na Unidade Contorno, fez MBA na Universidade de Columbia, em Nova York durante dois anos. Felipe, filho da Maria Norma e Afonso; Renata, filha do Renato e Tânia, fazem, atualmente MBA, respectivamente em Londres e Boston. Lara, filha da Márcia e Flávio, estuda medicina e vai futuramente seguir a mesma estratégia: planeja fazer MBA na Universidade de Harvard.
13º – São admiráveis os dirigentes de empresas que possuem sabedoria e humildade para se relacionar bem e de forma humanizada e holística com todos – clientes e funcionários. Eles servirão de exemplo nas suas empresas. São pessoas que escutam e reconhecem o valor do trabalho de cada um.
Para concluir, quero dividir com vocês alguma das minhas reflexões filosóficas: acredito que, na vida, o maior estímulo vem da própria jornada, sobretudo se ela tiver um sentido, um ideal e sem jamais se “apequenar”.
Creio que aprender a bem viver é necessário um privilégio e sabedoria. A morte é reflexo e consequência da vida vivida. Não nos tornamos outras pessoas no momento da nossa morte. Quem viveu bem, morre bem; quem viveu mal, morre mal.
Sempre preferi “ser velho” por menos tempo a “ser velho” antes de sê-lo. Acredito que “velho” é aquele que supõe saber tudo, mesmo quando ainda se é jovem.
Tenho mais medo da cegueira, que me impediria de ler, do que da morte. A leitura é uma necessidade vital e os benefícios são hoje cientificamente comprovados para o cérebro e para a vida como um todo. Amplia o conhecimento, amplia o horizonte. É tão importante quanto o ar que se respira, a água que se bebe e o alimento que sustenta o corpo.
Gosto muito de música clássica. Ouvimos música pra “nos encontrarmos” ou “nos perdermos”. A música serve como “analgésico emocional”, mas também entusiasma, emociona, estimula o amor, a saudade e a transcendência.
Considero o Mater Dei grande e pequeno. É grande para administrar, mas ainda é pequeno para atender a todos que necessitam e cuidados e de boa assistência médica. Daí a nossa opção pelo crescimento. Com o passar dos anos nos tornamos Rede Mater Dei de Saúde. A quarta unidade está sendo construída entre as cidades de Betim e Contagem. Estou certo de que várias outras unidades surgirão no futuro sempre – sempre, repito -, como resposta da diretoria para atender ás necessidade dos nossos clientes. Meus amigos: ter um ideal na vida é uma necessidade, mas também um privilégio. O ideal Mater Dei gera uma força e energia telúrica que parece nunca se esgotar. Esta força e energia telúrica estão impregnados na convicção e na crença dos enormes benefícios do exercício e da prática da medicina ética, altruísta e humana. Força e energia telúrica que contagiam os que trabalham no Mater Dei: médicos, profissionais de saúde e todos os colaboradores desde o mais humilde ao mais famoso e consagrado.
Força e energia telúrica que impulsionava Juscelino Kubitscheck. Daí toda a sua energia criativa e determinação quando em cinco anos de governo fez 50 anos de progresso. Força e energia telúrica que me mantém de pé, ativo, atuante e com fé e esperança no Brasil. Amor e entusiasmo no coração, mesmo após completar 86 anos de idade.
Então, para finalizar penso ser apropriada a pergunta: gente, valeu a pena? A resposta certa está mais uma vez no imortal Fernando Pessoa: “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.
José Salvador Silva
Liberato João Affonso Di Dio
Em sessão solene, a Faculdade de Medicina prestou, no último dia 19, homenagem póstuma ao professor Liberato João Affonso Di Dio, um de seus mais ilustres docentes, falecido em julho deste ano, aos 82 anos. Na ocasião, foi inaugurado retrato do homenageado na sala que leva seu nome e onde ele ministrou sua primeira aula na Unidade.
A homenagem foi proposta pelo professor Ernesto Lentz, do departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina, ex-aluno de Em sessão solene, a Faculdade de Medicina prestou, no último dia 19, homenagem póstuma ao professor Liberato João Affonso Di Dio, um de seus mais ilustres docentes, falecido em julho deste ano, aos 82 anos. Na ocasião, foi inaugurado retrato do homenageado na sala que leva seu nome e onde ele ministrou sua primeira aula na Unidade.
A homenagem foi proposta pelo professor Ernesto Lentz, do departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina, ex-aluno de Di Dio, e pela professora Iracema Matilde Baccarini, presidente da Associação do Professor Sênior da Faculdade de Medicina, oradora oficial da solenidade.
Ex-catedrático de Anatomia da Faculdade de Medicina da UFMG e da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, Liberato Di Dio é considerado “o pai de todos os anatomistas que estão em exercício em nossa faculdade”, segundo definição do professor Ernesto Lentz. Nascido em São Paulo, Em sessão solene, a Faculdade de Medicina prestou, no último dia 19, homenagem póstuma ao professor Liberato João Affonso Di Dio, um de seus mais ilustres docentes, falecido em julho deste ano, aos 82 anos. Na ocasião, foi inaugurado retrato do homenageado na sala que leva seu nome e onde ele ministrou sua primeira aula na Unidade.
Ex-catedrático de Anatomia da Faculdade de Medicina da UFMG e da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, Liberato Di Dio é considerado “o pai de todos os anatomistas que estão em exercício em nossa faculdade”, segundo definição do professor Ernesto Lentz. Nascido em São Paulo, Di Dio mudou-se para Belo Horizonte em 1954, quando prestou concurso para a cadeira de anatomia da Faculdade de Medicina. “Ele tinha uma maneira diferente de ensinar, com grande ênfase na parte prática. Di Dio também impulsionou a atividade de pesquisa em anatomia, tendo orientado 27 teses durante os dez anos em que aqui lecionou”, assinala Ernesto Lentz.
Di Dio mudou-se depois para os Estados Unidos, onde foi professor da Universidade de Chicago e idealizador da Faculdade de Medicina de Toledo, em Ohio.
Fonte: Boletim da UFMG, 2004.
https://www.ufmg.br/boletim/bol1451/setima.shtml