Na noite do dia três de março de 2017, na sede da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), os membros da Academia Mineira de Medicina (AMM) se reuniram em solenidade para empossar sua nova diretoria. Homenagens marcaram a passagem da presidência da entidade do cardiologista Cláudio Azevedo Sales para o psiquiatra José Raimundo da Silva Lippi, que ficará à frente da Academia até março de 2019.
A abertura da seção solene contou com a participação de autoridades. Estiveram presentes o vice-presidente da AMMG, Gabriel de Almeida Silva Júnior, o presidente da Federação Brasileira das Academias de Medicina, José Hamilton Maciel Silva, o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Cícero de Lima Rena, o diretor de saúde Suplementar do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed MG), Flávio Mendonça Andrade da Silva, e presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica – Regional Minas Gerais, Oswaldo Fortini Levindo Coelho, representando a Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma), O Diretor da Faculdade de Medicina da UFMG Prof. Tarcisio Afonso Nunes e o Presidente da Associação Mineira de Psiquiatria Dr. Mauricio Leão.
Sales agradeceu aos colegas e disse que sua gestão foi marcada pela participação ativa dos acadêmicos, principalmente na área científica. Emocionado, ele transferiu o capelo ao membro José Raimundo da Silva Lippi e desejou ao novo presidente uma gestão produtiva. Sales lembrou que a AMM é definida como casa de Cícero Ferreira, patrono da instituição, um dos fundadores e primeiro diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. “Critérios rígidos para admissão de membros titulares são adotados, visando selecionar candidatos com o perfil que agregue uma elite médica participativa e envolvida com o espírito acadêmico, definido filosófica e conceitualmente, por seus idealizadores e pioneiros. ”
O novo presidente contou que entrou para a Academia há 10 anos e considera um privilégio conviver com pessoas de elevado padrão da medicina mineira. Ele falou sobre as mudanças ocorridas na última década na área da saúde e afirmou que a medicina brasileira sofreu um enorme desgaste, decorrente da política pública implantada. “Fatores como aumento do número de faculdades de medicina, inserção de médicos estrangeiros mal preparados para atendimento e imposição de tarefas não pertinentes à atividade médica, prejudicaram o acesso à assistência da população, principalmente dos mais humildes”.
O psiquiatra também ressaltou o crescimento da produção científica da Academia, com a realização quinzenal, em 2015 e 2016, de cursos e palestras promovidos na sede da AMMG ou no CRM MG. “Recebemos palestrantes de todo o país e também da renomada comunidade local, sempre abordando temas atuais”. Segundo o acadêmico, a nova gestão vai primar pelo científico e as atividades serão mantidas. O novo presidente apresentou, ainda, uma série de razões que justificam um homem de 82 anos aceitar um cargo tão desafiador. Lippi disse que o ser humano não nasce acabado, pronto, e por isso não envelhece, mas amadurece e fica experiente. “Eu, por ser homem, não me sinto velho, desgastado e sim mais maduro. Eu continuo ativo, pensativo, reflexivo e criativo. Eu fui me fazendo, me construindo. Parafraseando Cortella “sou a minha mais nova edição, revista e ampliada. O mais velho de mim, se a medida é o tempo, está no meu passado e não no meu presente. Estou apto para fazer uma bela gestão. ”
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