Joaquim Marciano Loures
É o patrono da Cadeira 89.
Nasceu Joaquim Marciano Loures, filho de João Marciano dos Santos Loures e de Maria José de Paiva, no dia 31 de julho de 1859, no arraial de Piau, no distrito de São João Nepomuceno, no Termo de Mar de Espanha, na Província de Minas Gerais.
Iniciou seus estudos primários na terra natal, dando-lhes continuidade, ainda em Minas Gerais, no Colégio Providência em Barbacena e, em seguida, no Colégio Santa Cruz, em Juiz de Fora e, finalmente, em Ouro Preto, onde terminou o Curso Preparatório de acesso aos Cursos Superiores.
Em 1881, matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, recebendo o título de doutoramento em Medicina no mês de janeiro de 1887, após defender a tese intitulada “Delivramento”.
Diplomado retorna à localidade onde nasceu e dedica-se ao exercício de sua profissão com devotamento e desprendimento numa evidência de amor aos seus conterrâneos e à sua terra. Estes o descreveram como figura austera, serena, firme, bondosa e como a do grande médico que se distinguiu também por seu prestígio no cumprimento do dever e na inteireza do caráter.
De alto valor intelectual, dignidade e ascendência moram na comunidade, foi educador e orientador. Manifestava-se defensor dos investimentos em educação nos seus discursos políticos ou de paraninfado.
Na vida pública toda dedicada à cidade natal ocupou diversos cargos, destacando-se os seguintes: Primeiro Juiz de Paz, eleito após a proclamação da República; Segundo Presidente do Conselho Distrital; Vereador e vice-presidente da Câmara Municipal de Rio Novo em várias Legislaturas, conseguindo diversos melhoramentos para Piau, que na época era distrito do citado município.
Exerceu a profissão de médico por 53 anos.
Faleceu aos 81 anos de idade, no último dia do ano de 1940, na sua modesta residência em Piau.
Como homenagem post-mortem e perene, ergueram e inauguraram seu busto na mais importante Praça Pública de Piau, em 1942.
Em Piau foi ainda inaugurada uma Biblioteca Pública com o seu nome, numa homenagem da população por cujo desenvolvimento educacional e cultural do município ele lutou.
Na sessão solene de 15 de julho de 1959, da Câmara Municipal de Piau, (cidade desde 1953), foi comemorando o centenário de nascimento do filho ilustre, a quem cognominaram “Grande e Humanitário Médico”.
Texto: Christobaldo Motta de Almeida