Antônio Avelino Dias Teixeira de Queiroz
É o patrono da Cadeira 79.
Nasceu Antônio Avelino Dias Teixeira de Queiroz em Campos dos Goitacazes, ou popularmente Campos, na Província do Rio de Janeiro, em 18 de fevereiro de 1876, sendo seus pais José Narciso Dias Teixeira de Queiroz e Amélia da Cunha Teixeira de Queiroz.
Fez o curso primário na cidade natal, e o secundário no Liceu de Humanidades da mesma cidade.
Na Faculdade de medicina de Farmácia do Rio de Janeiro colou grau no ano de 1899.
Diplomado, planejou clinicar em Minas Gerais. Andou pelos sertões examinando as condições de vida em várias cidades e, quando chega em Piumhi, corre a notícia da presença de um médico na hospedaria local.
Na manhã seguinte muitas pessoas estavam aguardando por consultas na porta do estabelecimento. Depois de alguns dias de observação, achando a cidade aprazível e o povo hospitaleiro, afeiçoou-se, decidindo ali permanecer.
Não havia recursos médicos na cidade. Instalou consultório e iniciou o seu trabalho, com dedicação. Conquistando a amizade dos moradores de expressão na cidade, criou um movimento para construção de um hospital, como o fizera seu irmão médico José Narciso Dias Teixeira de Queiroz Júnior, em Queluz de Minas, atual Conselheiro Lafaiete.
Em 1906, inaugurava-se a Santa Casa de Misericórdia de Piumhi, devido ao acidente do afundamento do assoalho da Igreja.
Cinco anos mais tarde, um filho da terra, Dr. Vicente Soares Lopes, recém-formado em medicina no Rio de Janeiro, filho do ex-provedor, retorna para ali exercer a profissão em atenção ao desejo do pai, dividindo com o Dr. Avelino as responsabilidades do atendimento à população.
Dr. Avelino, em 1912, além do exercício profissional estava envolvido com a administração municipal e havia se casado com Maria Querobina de Melo cuja família era da sociedade local.
Como administrador, construiu um grupo escolar, que passou a ter seu nome, instalou energia elétrica e realizou outras benfeitorias na via pública.
Em 1933, por motivo de doença, deixa Piumhi, para residir em no Rio de Janeiro. Treze anos mais tarde enviuvou-se. Por não ter filhos, sentindo-se só, transferiu-se para Belo Horizonte, vindo a morar em um Hotel.
Dr. Avelino foi um grande benfeitor de Piumhi, cidade que adotou como sua. Sua última visita ao rincão que amava e admirava ocorreu em novembro de 1948, depois de 15 anos de ausência. Foi uma festa no município, alegria total.
Muitos piumhienses saudosos visitavam-no Hotel em Belo Horizonte, dando-lhe um exemplar do jornal de Piumhi “Correio da Manhã”, gesto que lhe trouxe prazer e muita alegria.
Finalmente, mudou-se para Conselheiro Lafaiete, passando o restante de sua vida com familiares, entre os quais o sobrinho e engenheiro Dr. Reinaldo Feio.
Na cidade de Capitólio, deram-lhe o nome a uma avenida como homenagem a quem prestou serviços humanitários, tanto em Piumhi quanto nas localidades próximas.
Faleceu em 09 de abril de 1969, no convívio com seus parentes queridos.
Texto: Christobaldo Motta de Almeida