Olegário Ribeiro da Silva
É o patrono da Cadeira 76.
Em 09 de dezembro de 1862 nasceu Olegário Ribeiro da Silva, na Fazenda da “Tartária”, em Oliveira, na Província de Minas Gerais. Era filho de Carlos Ribeiro da Silva e de Joana Felícia Castro.
Tendo ficado órfão de mãe na infância, foi adotado pelo seu tio Olímpio Ribeiro da Silva, que residia em São Pedro do Itabapoama, no Estado do Espírito Santo, na divisa com o Estado do Rio de Janeiro.
Estudou em Minas Gerais, no Colégio do Professor Protásio, em Bom Sucesso e cursou os preparatórios em Ouro Preto.
Matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1882 e formou-se, em 1887, após brilhante defesa de tese de doutoramento.
Iniciou suas atividades médicas na cidade onde se diplomou e trabalhou junto ao Professor Miguel Couto no combate à febre amarela, que exterminava a população carioca.
Instado a permanecer no Rio de Janeiro, preferiu voltar para o interior por insistência dos familiares, receosos da febre amarela.
Transferiu-se para Santo Antônio do Amparo, próximo a Oliveira, onde trabalhou por dois anos, mudando-se a seguir para S. Pedro de Itabapoama, onde morou por 12 anos.
Nessa cidade fez política, e, eleito Presidente da Câmara, foi empossado em 20 de novembro de 1890, tendo dotado a cidade de iluminação pública, inaugurada em cinco de março de 1899. Foi colaborador do jornal “O Município”, fundado em 1894.
Voltou às origens em 1901, instalou consultório e, a pedido do seu pai, assumiu a direção do Sanatório Oliveirense, voltando à cura da tuberculose, de propriedade do seu irmão, Dr. Carlos Ribeiro da Silva Castro, falecido pouco antes.
Enquanto a sua saúde permitiu, permaneceu atendendo aos pacientes da Santa Casa com valiosos serviços médicos aos seus conterrâneos, às populações da extensa região circunvizinha e até mesmo de distantes cidades do oeste de Minas Gerais, entre as quais Araxá.
Utilizando a condução animal, sob sol ou chuva, viajava montado a cavalo por dezenas de léguas.
Percebe-se na sua trajetória a necessidade de ser grato ao interior mineiro, de onde proveio, à cidade onde foi criado e a sua querida Oliveira.
Não teve ambiente propício para produções científicas. Não obstante, notabilizou-se pela reputação profissional que desfrutava em todas as cercanias da sua cidade natal devido à profunda dedicação e aos esforços ingentes para atender com bondade seus numerosos clientes, nos quais sempre se viam fervorosos agradecimentos.
Faleceu em 23 de maio de 1927.
Texto: Christobaldo Motta de Almeida