Antônio Motta
É o patrono da Cadeira 54.
Nasceu Antônio Motta no dia 14 de agosto de 1875 em Diamantina, na Província de Minas Gerais. Era filho de João Francisco da Motta e de Maria Augusta Neves da Motta.
Seus primeiros estudos de humanidades foram realizados no Seminário da sua terra natal de 1888 a 1891. Completou seus estudos no Colégio Mineiro de Ouro Preto, na capital da Província.
Em 1896, matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, diplomando-se médico, em dezembro de 1901, com a tese: “Das paralisias centrais na sífilis adquirida”.
Iniciou a sua atividade profissional em Diamantina, em 1902, onde foi eleito Provedor da Santa Casa de Misericórdia local, e ali realizou cirurgias, tornando-se pioneiro da cirurgia geral no norte mineiro.
Recebia e orientava os colegas que chegavam à região, acolhendo-os no Hospital que dirigia, dando-lhes a oportunidade de iniciar suas atividades médicas.
Servia a coletividade auferindo modestíssimos honorários no desempenho da sua profissão, o que denotava seu caráter humanitário.
Possuía uma biblioteca particular com mais de dois mil volumes, o que fazia dele um médico erudito. Era admirado e recebia elogios dos colegas.
Após 20 de anos de permanência em Diamantina, resolve transferir-se para Pitangui, onde, da mesma forma que na cidade anterior, foi eleito Provedor da Santa Casa de Misericórdia, o que lhe proporcionou o reinício das suas atividades dentro da mesma conduta honrada que mantinha antes.
Ensinou vários jovens colegas a enfrentar as dificuldades da profissão, como já havia feito em Diamantina.
Foi o primeiro também na prescrição de medicamentos hormonais, na região.
Com a perda da esposa, vítima de enfermidade incurável em 1926, tenta mudar o cenário de lembranças desagradáveis e vai para Bom Despacho, em Minas Gerais, cidade em que demonstra as suas qualidades de excelente clínico, de diagnóstico preciso e terapêutica eficiente.
Pelo seu excelente trabalho, na época da sua aposentadoria em 1945, a sociedade Divinopolitana dedicou-lhe consagradora manifestação de reconhecimento, carinho e apreço, quando ele foi saudado por vários oradores de forma comovente.
Faleceu em Belo Horizonte, no dia 15 de maio de 1950.
Como homenagem, em 1965, a praça pública inaugurada em frente à Santa Casa de Misericórdia de Diamantina, tem o seu nome, num preito de gratidão.
Texto: Christobaldo Motta de Almeida