Mário Goulart Penna
É o patrono da Cadeira 25.
Mário Goulart Penna nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais em 31 de outubro de 1897. Filho de Gustavo Penna e Libânia Goulart Penna.
Seus estudos preparatórios para a Faculdade se deram no Ginásio Mineiro, em Belo Horizonte. Matriculou-se na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte em 1914 e se diplomou em 1919.
Ainda estudante, em 1918, participou da Missão Médica enviada para a Europa, na 1ª Grande Guerra, ficando sob a orientação do Professor Borges da Costa. Na França, o Professor entrou em contato com Mne. Curie, o que resultou na fundação do Instituto do Radium.
Em 1921, passou a integrar a equipe do Professor Borges da Costa, na Cadeira de Anatomia Médico-Cirúrgica, como um dos seus assistentes.
Nasceu assim em Mário Penna o interesse pelo campo da Cancerologia. Viajou para a América do Norte, onde freqüentou serviços de Cirurgia Geral e da especialidade que tinha como objetivo principal, na Harvard Medical School, em Boston, além de outros hospitais em Baltimore e Filadelfia.
Regressando a Belo Horizonte, assumiu a Chefia da Clínica Câncero-Cirúrgica do Instituto do Radium, onde por longos anos atuou como um especialista notável.
Ao lado do Professor Adelmo Lodi, colaborou no ensino da Clínica Cirúrgica durante anos.
Em 1931, organizou o Serviço de Medicina Preventiva da Rede Mineira de Viação, chefiando-o por longo período. Foi clínico e cirurgião do Serviço de Saúde da Polícia Militar de Minas Gerais, da Prefeitura de Belo Horizonte, da Penitenciária de Ribeirão das Neves além de Chefe da Clínica do Hospital de Neuropsiquiatria Infantil e Cancerologista da Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais.
Mário Penna exerceu a profissão como Cirurgião Geral, Ginecologista e Obstetra, com outros colegas, a Sociedade de Ginecologia de Minas Gerais.
Fundou, em 1945, com outros colegas, a Sociedade de Ginecologia de Minas Gerais.
Pela sua habilidade como cirurgião, teve a oportunidade de ser o introdutor das técnicas de psicocirurgia pelas vias transfontal e transorbitária, na época em que a neurocirurgia não se encontrava definida ainda, em Minas Gerais. Coube-lhe um lugar na história da Psiquiatria, por esta realização.
Defendeu, como esportista, vestindo a camisa, o seu glorioso clube mineiro “América Futebol Clube”.
Pessoa afável, modesta, versátil e competente, soube construir uma vida profissional exemplar.
Seus colegas, da Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais, escolheram o seu nome, merecidamente, para o hospital do Câncer, “Hospital Mário Penna”, sendo depois escolhido para patrono da Fundação Mário Penna, mantenedora da Instituição Hospitalar.
Faleceu em 24 de julho de 1960, em Belo Horizonte.
Texto: Christobaldo Motta de Almeida