Wellington Piantino
É o patrono da Cadeira 98.
Nasceu Wellington Piantino no dia 13 de maio de 1927, em Passos, em Minas Gerais, filho de Carlos Piantino e de Letícia Piantino, imigrantes italianos.
Fez o curso primário no Grupo Escolar Dr. Wenceslau Braz, na sua cidade natal. O curso ginasial foi realizado no Ginásio Estadual Paraisense, na vizinha cidade de São Sebastião do Paraíso.
Transferiu-se para Belo Horizonte, fazendo o curso científico no Colégio Arnaldo.
Após o exame vestibular, ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais.
Desde o início dos estudos acadêmicos elegeu a Oftalmologia como especialidade, tendo sido auxiliar acadêmico no Hospital São Geraldo, pertencente à Faculdade de Medicina.
Findo o curso médico, tornou-se Assistente Voluntário. Exerceu a especialidade oftalmológica no IAPETEC, anacrônimo de Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas e no Sistema Penitenciário do Estado de Minas Gerais, deixando traços marcantes como médico humanitário.
Em 1954, freqüentou curso sobre lentes de contato na Solótica, fábrica de lentes de São Paulo, vindo a ser precursor da aplicação destas lentes em Minas Gerais.
Passou a atuar no campo desta superespecialidade, ministrando cursos aos pós-graduados do Hospital São Geraldo.
Fez estágio na Europa, trazendo da Tchecoslováquia a primeira lente de contato gelatinosa empregada em Minas Gerais.
Participou de vários congressos da superespecialidade, na qual, além de pioneiro, era o mais entendido no Estado.
Em abril de 1969 preparava-se para participar de um congresso de oftalmologia no Rio Grande do Sul e, em seguida, partir para os Estados Unidos da América do Norte e para a Europa, quando foi diagnosticado com leucemia aguda, o que o levou ao falecimento em menos de 10 dias, na data de 28 de abril de 1969.
Seu colega oftalmologia Paulo Galvão o retratou na revista Brasileira de Oftalmologia com as seguintes palavras: “na sua ausência haveremos de enxergar sempre, na sua vida, os mais altos padrões da dignidade e comportamento a serem emulados – o que é uma forma de reconhecimento. Haveremos sempre, de conservá-lo na memória e na saudade o que é uma forma de trazê-lo de volta e fazê-lo presente. Embora este pensamento e esta lembrança sejam possíveis somente através da tristeza e da angústia que não podemos evitar”.
Texto: Chistobaldo Motta de Almeida