Washington Ferreira Pires
É o patrono da Cadeira 86.
Washington Ferreira Pires, filho de José Carlos Ferreira Pires e de Matilde Guilhermina Faria Pires, nasceu no dia 13 de fevereiro de 1892 em Formiga, em Minas Gerais.
Cursou o Ginásio nas cidades de Ouro Preto, São João del Rey e Barbacena, no mesmo Estado.
Diplomou-se médico no ano de 1914, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde foi assistente e aluno dos Professores Miguel Couto, Antônio Austregésilo Rodrigues Lima e José Antônio de Abreu Fialho.
Voltou a sua cidade natal, onde clinicou durante cinco anos.
Transferiu-se para Belo Horizonte, fez concurso para a Cadeira de Medicina Legal da Faculdade de Direito e, aprovado, passou a lecionar prontamente.
Com a morte do Professor Álvaro de Barros em 30 de agosto de 1922, passou a reger a cadeira de Clínica Neurológica na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte.
Prestou novo concurso dois anos após, desta vez para a cadeira de Clínica Neurológica com a tese: “Etiopatogenia da neuro-sífilis e neurorecidivas”. Aprovado, tomou posse imediatamente, no dia 15 de setembro de 1926.
Lecionava nas duas Faculdades e ainda era Catedrático de Higiene e Odontologia Legal da Escola de Odontologia e Farmácia da Universidade de Minas Gerais, da qual era também Diretor.
Passou a se dedicar à política, sendo eleito Deputado Estadual para o período 1923 a 1930 e, e, Deputado Federal de 1930 a 1937.
Durante a época em que foi Deputado Federal, a convite do presidente Getúlio Vargas, licenciou-se da Câmara para assumir o Ministério da Educação e Saúde Pública, de 16 de setembro de 1932 a 25 de julho de 1934.
Em julho de 1934, poucos dias antes de deixar o Ministério, conseguiu um decreto assinado pelo Presidente dispondo sobre “a profilaxia mental, assistência e proteção à pessoa e aos bens dos psicopatas, e fiscalização dos serviços psiquiátricos”.
Exerceu também o cargo de Secretário de Saúde e Assistência do Estado de Minas Gerais de 31 de janeiro de 1956 a 1º de agosto de 1958.
Deixou trabalhos publicados na área da Neurologia.
Era membro da Academia Mineira de Letras. Afastado há anos dos cargos públicos, recebeu convite do Presidente para chefiar o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e exerceu a missão sabendo que pouco poderia realizar, contudo, atendeu à solicitação do seu amigo.
Faleceu em 23 de novembro de 1970.
Fonte: Christobaldo Motta de Almeida