Nasceu Mário Guimarães Faria no quinto dia do mês de março de 1888, na Província de Minas Gerais, no município de Monte Alegre de Minas, tendo por pais Manoel Antônio Faria e Maria Clara Guimarães Faria, e como pai adotivo João José Carlos Peixoto, casado com Maria Clara nas segundas núpcias desta.
Fez o seu curso primário na cidade natal. O de humanidades dói realizado no Colégio São Luis, dos Jesuítas, em Itu, no Estado de São Paulo, onde foi um aluno brilhante. Durante todo o curso obteve o primeiro lugar, recebendo medalhas tanto pelo aproveitamento quanto pelo comportamento. Em Itu, cursou também desenho artístico.
O Colégio D. Pedro II no Rio de Janeiro e o dos Jesuítas em Itu eram referências nacionais – foi no último ano de gestão do padre José Mantero, reitor durante o período 1887/1893, que introduziram o futebol no Brasil.
Foi cursar medicina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, na qual se diplomou em 1911, defendendo tese de doutoramento. Foi contemporâneo dos Drs. Briquete e Aguiar Pupo, do que muito se orgulhava.
Durante a vida profissional, organizou uma excelente biblioteca, com obras em língua inglesa, francesa e portuguesa, de cunhos científico e literário.
Exerceu a clínica geral no ano de 1912 na cidade de Monte Alegre de Minas e, de 1913 a 1968, como clínico e obstetra, em Uberabinha, hoje Uberlândia.
Em 1921, fez um curso de especialização em Cirurgia, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
No ano de 1930, foi chefe da Cruz Vermelha em Alvorada, cidade situada na divisa de Minas-Goiás.
Foi membro fundador da Sociedade Médica de Uberlândia.
Exerceu atividades em sociedade filantrópicas sociais e esportivas de Uberlândia.
Faleceu em 22 de abril de 1968.
Durante 55 anos acompanhou o nascimento de muitos habitantes e da própria cidade, à qual dedicou praticamente toda a sua vida profissional, sinal indicativo de ter sido benquisto, competente e respeitado.

Texto: Christobaldo Motta de Almeida