Maximiano Octávio de Lemos
É o patrono da Cadeira 56.
Nasceu Maximiano Octávio de Lemos no ano de 1863, em São Gonçalo da Campanha, na Província de Minas Gerais, hoje cidade de São Gonçalo do Sapucaí, no Estado de Minas Gerais.
Diplomou-se médico, em 1885, pela Faculdade de Medicina da cidade da Bahia.
Iniciou suas atividades em Santa Rita do Sapucaí, onde foi o primeiro Agente Executivo do Município (cargo equivalente ao de Prefeito). Nessa cidade fundou a Santa Casa de Misericórdia e o “Jornal de Santa Rita do Sapucaí”. Este, o único jornal do Sul de Minas, foi por ele mantido durante 10 anos.
Ingressou no Serviço Médico da Força Pública de Minas Gerais, servindo por dois anos em Uberaba.
Transferindo-se para Belo Horizonte, foi nomeado médico legista no dia 17 de dezembro de 1913, em substituição ao Dr. Carlos Alberto Pires de Sá, que foi o primeiro a ocupar o cargo. Seu nome está ligado à história da Medicina Legal no Estado.
Permaneceu no cargo até 1925. Em 1918 fora convidado, por seu compadre, o Presidente do Estado de Minas Gerais, Dr. Delfim Moreira, a edificar prédios destinados à Medicina Legal e ao Pronto Socorro. Não conseguiu realizar o intento, mas reorganizou o serviço Médico Legal na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte.
Em 1920, obteve a nomeação de um auxiliar médico, o Dr. Mário Hermanson Lott, que, após trabalhar com ele até 1921, cedeu lugar, em seguida, ao Dr. Oldach Benjamim me 1922 e 1923 e ao Dr. Oscar Negrão de Lima, em 1924.
Além destes, também foram seus auxiliares os Drs. Virgílio Monteiro Machado, Alfredo Leal Pimenta Bueno e Octaviano Ribeiro de Almeida – os três últimos com breve passagem pelo serviço Médico-Legal.
No arquivo “morto” do Fórum Lafaiete existem dois laudos datados de 1919 e 1920 com assinaturas do Dr. Maximiano O. Lemos e Dr. Màrio Hermanson Lott. No primeiro, antes do nome Mário não consta o título de Dr., porém no segundo consta. Esta observação tem dois significados: 1º Dr. Màrio Hermanson Lott diplomou-se no final de 1919, 2º Dr. Màrio Hermanson Lott foi o primeiro médico legista (auxiliar) diplomado pela Faculdade de Medicina de Belo Horizonte.
Seu local de trabalho, o serviço Médico-Legal, estava sediado na rua da Bahia, esquina com Benjamim Guimarães, no andar superior do prédio, pois no inferior residia o Chefe de Polícia. O prédio inaugurado em 1911, pelo seu antecessor, está preservado e possui ornatos elaborados por escultores, mestres da colônia italiana residentes na Capital.
É necessário lembrar que neste local eram feitas apenas perícias nos vivos.
Dr. Maximiano faleceu em 19 de junho de 1925.
Texto: Christobaldo Motta de Almeida