Antônio Zacharias Álvares da Silva
É o patrono da Cadeira 96.
Antônio Zacharias Álvares da Silva nasceu em Abadia, hoje Martinho Campos, na época distrito de Pitangui, na Província de Minas Gerais, no dia 06 de setembro de 1847. Seus pais eram Tenente Coronel Antônio Zacharias Álvares da Silva, o Barão de Indaiá e Faustina Álvares Xavier.
Diplomou-se médico pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1873.
Para diferenciá-lo do pai, que tinha o mesmo nome, era conhecido por “Dr. Nico”.
Voltou para exercer a profissão em Dores de Marmelada, atual Abaeté, onde foi eleito para a 2ª Câmara Municipal, no período de 07 de janeiro de 1873 a 06 de Janeiro de 1881. Ocupou a Presidência na primeira metade do mandato, assinando o Plano Diretor local em 22 de novembro de 1873.
Em 1878, elege-se deputado provincial por Abaeté, e neste local adquire uma chácara para residir.
Idealiza em 1880 a Sociedade Amante da Instrução e da Pobreza, que só se concretiza anos mais tarde, com o nome de Sociedade Beneficente Dr. Zacharias.
Foi reeleito para a 3ª Câmara Municipal no período de 07 de janeiro de 1881 a 1886, ocupando a Presidência até 06 de janeiro de 1984.
Viajou para e Europa, onde fez um curso de Obstetrícia.
Muda-se de Abaeté para Carmo do Paranaíba em 1884, onde foi o pioneiro na atividade médica, fundando a Casa de Caridade.
Transferiu-se para Patos de Minas, cidade em que presidiu a Câmara Municipal.
Finalmente se fixou em Dores do Indaiá, em 1889, sendo eleito o primeiro Presidente da Câmara Municipal, administrando o município no período de 1894 a 1905.
Fundou e organizou a Santa Casa, que tem o seu nome, criou uma Biblioteca Municipal e remodelou a cidade.
Elegeu-se Deputado Federal em 1897.
Em sua homenagem há uma Escola Estadual, uma rua e uma praça com o seu nome em Dores do Indaiá.
Instalou, em sociedade com um amigo, uma usina siderúrgica em Areado, hoje Chumbo, distrito de Patos de Minas, próximo ao Rio Abaeté.
Além das atividades médicas pioneiras e humanitárias nos municípios de Abaeté, Carmo do Paranaíba, Patos de Minas e Dores do Indaiá, participou ativamente na política, área em que era considerado “o bom senso personificado”.
Faleceu em 30 de outubro de 1905.
Texto: Christobaldo Motta de Almeida