Na cidade de Dores do Indaiá, na Província de Minas Gerais, no dia 05 de janeiro de 1889, nasceu José Argemiro de Souza, filho de Arthur Argemiro dos Santos Moura e Joaquina de Melo e Silva Moura.
Realizou o curso secundário no Ginásio São Francisco de Assis na cidade de São João del Rei.
Matriculou-se na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte, na primeira turma, em 1912, diplomando-se no início 1918, como os demais colegas.
Como bom filho, retorna a cidade natal, onde é popularmente conhecido por Dr. Juquinha e aí passa a praticar a clínica médica.
No ano seguinte, 1919, exerceu o cargo de Inspetor Escolar Municipal.
Foi eleito presidente da Câmara Municipal, tendo a oportunidade de trabalhar pela Instalação da Escola Normal Oficial, pela implantação do Telégrafo Nacional e pelo prolongamento da Estrada de Ferro Paracatu.
Na área da saúde criou o serviço de água potável e foi provedor da Casa de Caridade de Dores do Indaiá, em 1924.
Participou dos movimentos políticos de 1930 e 1932 e, em 1933, foi eleito Delegado do Partido Progressista. Convidado para disputar uma cadeira na Assembléia Estadual declinou para não ter de se afastar do município. Voltou a ser Prefeito após o término da ditadura, em 1945.
Em 1951, por motivo de saúde viu-se obrigado a transferir-se para Belo Horizonte.
No testemunho do Padre José Batista publicado na imprensa local, ele é destacado por dois ângulos: o de político e o de humanitário: “Durante décadas, foi ele um protótipo de condutor do povo dorense, figura tutelar para a qual convergiam os anseios mais nobres da cidade, nas horas difíceis e tempestuosas. Pelo lado humanitário: Médico caritativo, amigo da pobreza, fez da sua profissão e vocação, um sacerdócio”.
Em Dores do Indaiá, há uma praça com seu nome, homenageando seu filho ilustre.
Após prolongada enfermidade, faleceu aos 69 anos de idade, em Belo Horizonte, no dia 03 de maio de 1958.

Texto: Christobaldo Motta de Almeida