Em Cruzília, distrito de Baependi, na Província de Minas Gerais, nasceu Olyntho Deodato do Reis Meirelles no dia 11 de fevereiro de 1864.
Fez o curso de humanidades nos colégios do Caraça, em Minas Gerais, e Paixão, em Petrópolis, no Rio de Janeiro.
Realizou o curso médico na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde diplomou em 1891.
Clinicou inicialmente na sua terra natal e, a seguir, em Cravinhos, no Estado de São Paulo, em Bemposta, no Estado do Rio de Janeiro, e em Thebas, distrito de Leopoldina, em Minas Gerais.
Em julho de 1896, transfere-se para Belo Horizonte, sendo o terceiro médico a chegar à cidade, onde ajudou a combater o surto de varíola existente. Em stembro de 1897 passou a residir em caráter definitivo com a família.
Assumiu o cargo de Inspetor Escolar na cidade, foi um dos fundadores da Santa Casa de Misericórdia e da Sociedade de Medicina, Cirurgia e Farmácia, da qual foi o primeiro Presidente.
Membro do Conselho Deliberativo por três legislaturas seguidas, exerceu as funções de Presidente e Vice. Como Prefeito de Belo Horizonte de 1910 a 1914, admitiu o serviço feminino nas repartições públicas e de telefonia, especialmente para moças e viúvas pobres.
Ocupando o cargo de Prefeito, calçou as ruas centrais de Belo Horizonte, remodelou o Parque Municipal e doou o terreno para a construção da Faculdade de Medicina de Belo Horizonte.
De 1916 a 1917 exerceu o cargo de Tesoureiro da Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional, em Minas Gerais.
Participou da fundação da Faculdade, na qual foi Professor de Farmacologia, e a seguir de Terapêutica Clínica por mais de vinte anos.
Assumiu a direção da Faculdade de Medicina de maio de 1934 a junho de 1935, por impedimento do Professor Alfredo Balena e, como o retorno deste, é eleito Vice-diretor.
Aposentou-se no cargo de professor, e a Congregação concedeu-lhe o título de Professor Benemérito.
Também recebeu da Santa Casa de Misericórdia o título de Irmão Benemérito pelos relevantes serviços prestados a essa Instituição, de cujo corpo clínico fez parte, como um dos primeiros médicos.
Dividiu o tempo entre a clínica na Santa Casa, o magistério na Faculdade e atividades políticas, fulcradas na medicina e no bem-estar dos habitantes da nova capital mineira, com muita dedicação e pioneirismo.
Faleceu em 21 de julho de 1948.

Texto: Christobaldo Motta de Almeida