José Aroeira Neves
É o patrono da Cadeira 46.
Nasceu José Aroeira de Souza Neves em Ouro Preto, no Estado de Minas Gerais, no dia 08 de abril de 1893.
Fez o curso primário em Belo Horizonte e o de humanidades no Ginásio Mineiro, na mesma cidade.
Entrou para a Faculdade de Medicina de Belo Horizonte e diplomou-se na terceira turma em 1919.
Em 1914, foi contratado para trabalhar como auxiliar acadêmico na fundação Oswaldo Cruz, filial de Belo Horizonte, dirigida por Ezequiel Dias.
Entretanto, no livro “Ensaios” do Prof. Octávio C. de Magalhães, há uma foto, datada em 1912, na qual estão identificados como “Pessoal do Posto de Observação e Medicina Veterinária, Filial de Belo Horizonte”, além de J. Aroeira Neves, outras seis pessoas, inclusive o autor do livro e Ezequiel Dias.
Foi promovido a auxiliar da 1ª classe em 1919 e aperfeiçoou-se durante um ano na Fundação Oswaldo Cruz, no Instituto de Manguinhos no Rio de Janeiro.
Novamente, recebeu promoção para auxiliar médico, em 1922.
Em 1930 era Chefe da Secção de Microscopia e Sorologia do Laboratório de Química Fisiológica da Faculdade de Medicina, sob supervisão do Professor Baeta Viana.
No ano de 1933 é nomeado médico da Secretaria de Saúde de Minas Gerais e, em 1937, Chefe de Serviço. Em seguida, é promovido a Chefe de Divisão.
Assume, em 1948, a Direção do Instituto Ezequiel Dias, onde iniciou a sua carreira de Imunologista, Microbiologista, Bacteriologista e Pesquisador, o que fez dele uma reconhecida autoridade.
Ao longo destas atividades produziu dezenas de trabalhos, dois dos quais em colaboração com o Professor Luigi Bogliolo, e publicados post-mortem, em 1951 e 1952.
Era um renomado conhecedor da Hematologia.
Dele já disseram: “fez do seu laboratório, o seu templo, de sua pesquisa, a sua religião.
Deixou muitos seguidores e discípulos, técnicos e especialistas.
Foi sócio-fundador da Sociedade Mineira de Pesquisas Clínicas e sócio-fundador, mais tarde, Vice-Presidente da Sociedade de Biologia de Minas Gerais.
Faleceu em 27 de maio de 1950.
Texto: Christobaldo Motta de Almeida