Henrique Machado Horta
É o patrono da Cadeira 22.
Nasceu Henrique Horta, em Ferros, em Minas Gerais, no dia 11 de fevereiro de 1908, filho de Adolpho Horta e de Maria Machado Horta.
Viveu sua infância e parte da adolescência em Ferros e na Fazenda “Duas Barras”, da família; apesar da vida campesina, tinha o sonho de ser médico.
Iniciou seus estudos em sua terra natal, no grupo Escolar “Silveira Drumond”, onde terminou o curso primário.
Em 1922, para dar continuidade aos seus estudos e fazer ginasial, viajou a cavalo, durante 12 dias, até alcançar Belo Horizonte, distante cerca de 200 quilômetros.
Matriculou-se no Ginásio Mineiro, aí concluindo seu curso de humanidades.
Ingressou na Faculdade de Medicina de Minas Gerais, onde se diplomou médico, em oito de dezembro de 1934, destacando-se como um dos melhores alunos da sua turma.
Dedicado acadêmico de medicina, foi interno da Santa Casa de Misericórdia e recebeu orientação do Professor Lucas Machado, de quem mais tarde, veio a ser assistente.
Abraçou a especialidade de Ginecologia e Obstetrícia com dedicação conquistando numerosa clientela.
Chefiou o Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Municipal “Odilon Behrens”; foi presidente do Capítulo Mineiro da Sociedade de Fertilidade e do Capítulo Mineiro do Colégio Internacional de Cirurgiões. Criou o Curso de Preparação para o casamento.
Obteve por mérito o título de Doutor pela Sociedade Internacional de Ginecologia e Obstetrícia.
Prestou relevantes serviços profissionais à Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte e aos hospitais: Municipal “Odilon Behrens”, São Lucas, Samaritano e Vera Cruz, para os quais trabalhou devotamente.
Foi um dos fundadores da Sociedade de Ginecologia de Minas Gerais, em 1945 e Presidente de 1955 a 1957. Participou de todos os congressos de suas especialidades, representando Minas Gerais, por várias vezes.
Publicou diversos trabalhos, entre os quais: Cesáreas intercérvico-corporais”.
Católico praticante, modesto e simples, não negligenciava suas leituras religiosas, motivo de profundas meditações.
Faleceu no dia sete de janeiro de 1964 e recebeu homenagens póstumas da Câmara dos Vereadores e da Assembléia Legislativa. No Hospital Municipal “Odilon Behrens” e no “Mater Dei”, deram o seu nome à maternidade.
Texto: Christobaldo Motta de Almeida